A Segurança Pública é uma responsabilidade do Estado. Apesar disso, Campo Bom viu o número de brigadianos na cidade cair cerca de 80% nas últimas duas décadas — mesmo diante de um crescimento populacional superior a 15% no período. O cenário só não é ainda mais crítico porque, com forte investimento próprio, o Município criou a Guarda Municipal. Ainda assim, a administração considera a situação insustentável e cobra do Estado uma resposta urgente.
Diante do agravamento, o prefeito Giovani Feltes tem reforçado o pleito por aumento do efetivo da Brigada Militar. Em 28 de janeiro, ele se reuniu com o comandante-geral da BM, coronel Cláudio Feoli, para tratar do tema. Já nos dias 20 de março e 2 de abril, recebeu, na Prefeitura, o comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Pedro Alexander Beron da Cunha, e o comandante da BM em Campo Bom, capitão Elias Alves de Oliveira Júnior.
Nos três encontros, o prefeito reiterou a histórica colaboração da cidade com o Estado, lembrando que os terrenos atualmente ocupados pela Brigada Militar e pela Polícia Civil foram cedidos pelo próprio Município. “Precisamos de auxílio mais efetivo do Estado para atender às demandas da segurança pública, de forma a não comprometer ainda mais recursos que poderiam estar sendo aplicados em saúde e educação, por exemplo”, afirmou Feltes.
Ofício ao CONSEPRO cobra protagonismo
Como parte das ações para buscar maior presença do Estado na segurança pública local, o prefeito enviou, no dia 4 de abril, um ofício ao Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (CONSEPRO) de Campo Bom. No documento, Giovani Feltes apresenta os dados preocupantes e convoca o CONSEPRO a assumir um papel mais ativo, promovendo ações que ajudem a reverter o cenário e evitem que a situação se agrave ainda mais.